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Capela de São Sebastião

Escavações arqueológicas recentes vieram demonstrar que a topografia da zona foi relativamente alterada com a construção desta igreja, não tendo surgido qualquer vestígio do antigo templo, podendo tal ficar-se a dever ao facto deste último possuir dimensões mais reduzidas. Como referido, a construção da atual igreja teve inicio no principio do séc. XVIII, no entanto só por Desconhece-se a data exata de fundação desta capela. Contudo, fontes históricas referem que já existiria no séc. XVI. Originalmente, encontrava-se localizada onde hoje se ergue o edifício dos Paços do Concelho, tendo sido transladada para o local atual por volta de 1860, altura em que inicia a construção do atual edifício da Câmara Municipal. Por volta de 1713, o empreendedor abade João de Moura Andrade (responsável também pela construção da atual Igreja Matriz) inicia as obras de reconstrução desta capela. A capela de S. Sebastião é também conhecida pelo vínculo de obrigação de missa quotidiana, instituído pelo mártir Padre Sebastião Vieira, da Companhia de Jesus, morto no Japão em 1634. Durante largas décadas administrada por privados, foi já no séc. XVIII, e após longa disputa que a diocese de Lamego se impôs e chamou a si a administração da capela, entregando-a ao abade de Castro Daire. Primando pela sobriedade, o seu exterior caracteriza-se pela ausência de grandes artifícios arquitetónicos. Se o exterior se caracteriza pela simplicidade e sobriedade, já o interior da Capela de S. Sebastião é uma autêntica jóia artística. O seu retábulo é de talha dourada e policromada de estilo “salomónico”. O retábulo e o tecto desta capela conferem-lhe uma riqueza decorativa difícil de encontrar em templos de tão reduzida dimensão, formando uma composição de belo efeito e conferindo imagem homogénea ao seu interior, classificando-a de Imóvel de Interesse Público.