Minas de
Volfrâmio
Moimenta de Cabril
No concelho de Castro Daire havia três locais de exploração de volfrâmio, as minas do Pombeiro, minas de Mões e minas de Moimenta de Cabril.
As minas de Moimenta foram exploradas durante a Segunda Guerra Mundial, por uma companhia Inglesa, das quais foi feita a extração de volfrâmio e estanho. Os jazigos de volfrâmio integram-se num conjunto de depósitos de tungsténio e estanho que se distribuem desde a Galiza a Castela (Espanha) atravessando o norte e centro de Portugal, definindo assim, a designada “Província estano-volframítica”.
As mineralizações ocorrem em filões de quartzo e de pegmatitos intruídos na mancha granítica de Moimenta, pertencente ao Maciço do Montemuro. A mancha de Moimenta é alongada e apresenta contornos sinuosos tratando-se de um afloramento de granito porfiróide, de grão médio, situado entre Moimenta, Tulha Nova, Sobrado, Sobreda e Levadas. Segundo testemunhos de antigos mineiros, tratava-se de um complexo mineiro bastante mecanizado. As galerias eram abertas com a ajuda de explosivos e de martelos pneumáticos que usavam brocas com cerca de 35 milímetros, perfurando mais de um metro de comprimento. O material extraído era despejado num martelo mecânico movido por um motor a gasóleo, onde era britado, seguindo para a lavaria, atualmente em ruínas, local onde se fazia a primeira separação do volfrâmio.
As minas de Volfrâmio de Cabril, hoje desativadas, não são somente um sítio abandonado, com esporádicas visitas. São as memórias de gente que suou, sofreu riu, chorou e que diariamente lutavam contra o cansaço.
A área identificada como geossítio desenvolve-se à volta da exploração de um recurso geológico, o volfrâmio e estanho, em meados do século passado. Os jazigos de volfrâmio integram-se num conjunto de depósitos de tungsténio e estanho que se distribuem desde a Galiza a Castela (Espanha) atravessando o norte e centro de Portugal, e definindo a designada “Província estano-volframítica” (Neiva, 1944).